domingo, 9 de setembro de 2012

A Mitologia na Era Moderna

E para finalizar os posts sobre mitologia, confira esse texto sobre a Mitologia na Era Moderna:

Templo Grego
Desde os tempos ancestrais os mitos procuram explicar de uma forma fantástica como as coisas surgiram, por que são assim e de que forma acontecem. Deuses, semideuses e heróis têm sido os personagens centrais dessas narrativas em diferentes culturas e em diferentes épocas. Nos tempos modernos, muitas sagas criadas para a literatura, quadrinhos ou cinema têm se inspirado nos mitos e nas lendas gregas, sumérias, romanas, célticas, egípcias e nórdicas, e também são influenciados por mitologias atualmente cultuadas como a cristã e a judaica.

Essas grandes narrativas ficcionais modernas não parecem trazer novidades em relação à compreensão do mundo, além daquelas já desenvolvidas por grandes mitologias, como a grega e a cristã. Elas também não são a rigor uma representação coletiva de divindades e lendas, passadas de geração em geração. 

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Duas dessas sagas ficcionais contemporâneas – “O Senhor dos Anéis”, de J.R.R. Tolkien, e “Guerra nas Estrelas”, de George Lucas – apresentam a construção de universos totalmente novos e cheios de elementos mitológicos, que reproduzem na essência temas já explorados nas mitologias tradicionais. Elas se aproximam das características mitológicas por conta de suas estruturas narrativas e características fantásticas, divinas e heróicas dos personagens, assim como por serem diferentes formas de revelarem suas explicações do mundo para nossas mentes. 

Ao analisar o universo de “Guerra nas Estrelas”, Joseph Campbell considera que os filmes da saga possuem uma perspectiva mitológica válida. Para ele, em “Star Wars” o Estado é visto como uma máquina e a questão é saber se essa máquina vai esmagar a humanidade ou vai se colocar a seu serviço. Campbell compara a questão mitológica colocada em “Star Wars” com àquela posta por Goethe ao narrar a lenda de Fausto: “Mefistófeles, o homem máquina, pode nos prover de todos os meios e está igualmente apto a determinar as finalidades da vida. Mas a peculiaridade de Fausto, que o qualifica para ser salvo, é que ele busca finalidades diferentes das da máquina. Ora, quando tira a máscara de seu pai, Luke Skywalker cancela o papel de máquina que o pai tinha desempenhado. O pai era o uniforme. Isso é poder, o papel do Estado”. 

A atualização dos universos mitológicos é uma forma da humanidade relembrar suas origens e aprender o segredo das coisas. As narrativas sobre deuses e heróis que se tornaram modelos mitológicos universais continuam a ajudar a dar sentido à existência. Campbell entende que a importância de se conhecer sobre as mitologias está no fato de que elas nos abastecem “de informação, provenientes dos tempos antigos, que têm a ver com os temas que sempre deram sustentação à vida humana, que construíram civilizações e enformaram religiões através dos séculos, têm a ver com os profundos problemas interiores, com os profundos mistérios, com os profundos limiares da travessia, e se você não souber o que dizem os sinais ao longo do caminho, terá de produzi-los por sua conta”. 

Então é isso! Espero que tenham gostados dos posts sobre mitologia! Voltem sempre!!! 


Até a próxima!!! 


By: Hallison Phelipe

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